Inclusão na prática

Muito se fala em inclusão, mas nem sempre essa conduta é traduzida em ações práticas. No entanto, em Fortaleza (CE), a SPDM/PAIS tem atuado para democratizar o acesso de pessoas com deficiência aos serviços de saúde gerenciados pela Instituição.

Em maio, profissionais do Núcleo de Atendimento ao Cliente (NAC) desses mesmos serviços participaram de uma oficina introdutória de LIBRAS (Lingua Brasileira de Sinais), definida como uma língua visual-motora, visual-espacial ou gestual-visual.

A capacitação foi conduzida por Gilson Silva, técnico em enfermagem do trabalho do Hospital Nossa Senhora da Conceição e capacitado em LIBRAS pelo PRONAS PCD (Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência).

A capacitação foi conduzida por Gilson Silva, técnico em enfermagem do trabalho do Hospital Nossa Senhora da Conceição e capacitado em LIBRAS pelo PRONAS PCD (Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência).

Na ocasião, o profissional apresentou o alfabeto na linguagem de sinais, no qual cada posição ou gesto significa uma letra. Para ajudar os participantes a absorverem melhor o conteúdo, foi ensinado a como "escrever com as mãos" o próprio nome, além de saudações básicas como "bom dia", "boa tarde" e "boa noite".

"O trabalho que a gente desenvolve com os colaboradores do NAC é importante porque eles são ´porta de entrada´ para o serviço público de saúde, e a comunidade surda precisa ser incluída nesse tipo de atendimento", comenta Gilson.

Durante a oficina também foram ensinadas expressões relacionadas ao universo de uma unidade de saúde, a fim de preparar os profissionais para compreenderem a necessidade de um usuário surdo que procure por atendimento no serviço.

"Quando você tem uma pessoa surda que encontra um ouvinte que pode sinalizar com ele dúvidas sobre o atendimento, ele se sente integrado a esse sistema, e a inclusão é isso [sentir-se integrado e acolhido adequadamente]", ressalta Gilson.

A capacitação teve duração de 03 horas e deixou os participantes com vontade de aprender mais sobre o universo da comunicação com surdos: "Gostei muito do momento, pela importância do atendimento para a gente que fica o NAC, a importância da gente se comunicar com alguém que tem esse tipo de deficiência. E eu creio que só em um encontro não é o suficiente, eu gostaria muito de pedir mais encontros", reivindica Maria Dinora de Lima, auxiliar administrativa da Policlínica Passaré.

O intuito do projeto da comissão de diversidade é tornar fixa a oficina de LIBRAS, para que todos os profissionais do NAC da SPDM/PAIS de Fortaleza possam participar.